segunda-feira, 22 de abril de 2013

Filósofo do dia: Immanuel Kant

Nasceu neste dia 22 de abril o grandes filósofos Immanuel Kant.

A obra de Kant pode ser dividida em três momentos:

Período pré-crítico: Vai dos primeiros escritos de filosofia natural até a Dissertatio de mundi sensibilis atque inteligibillis forma et princiipis de 1770.

Período crítico: Compreende as três grandes Críticas: Crítica da razão pura, Crítica da razão prática e Crítica da faculdade de julgar e obras extravagantes.

Últimos escritos: há um conjunto de escritos que deveriam formar uma grande obra, mas que permaneceram inéditos e são hoje conhecidos como Opus Postumum.

Característica marcante do pensamento de Kant foi o idealismo formal com o qual ele pretendia resolver a disputa de racionalistas e empiristas em torno do problema da origem do conhecimento. A solução kantinaa consiste em afirmar que, embora todo o nosso conhecimento comece pelos sentidos, nem todo ele se origina a partir dos sentidos. Com isso se resolvia, ao menos a seus olhos, a dificuldade empirista em explicar a origem dos conhecimentos matemáticos e a obscuridade da noção de "ideias inatas" dos racionalistas.

O apriorismo kantiano tem, pois, a característica de não ser nem inatista nem abstracionista: nenhum conteúdo pertence à razão por natureza, mas a razão tem uma natureza formal apta a receber o conteúdo dos sentidos.

A partir daí segue-se que a metafísica é uma impossibilidade racional, ou melhor, uma ilusão da razão projetada a partir de um impulso natural para exceder seus limites legítimos.

E, contudo, se a filosofia especulativa podia bem passar sem o apelo às ilusões metafísicas, a filosofia prática não o poderá. Embora tente construir uma filosofia moral com base nos mesmos pressupostos da filosofia especulativa, ou seja, no idealismo formal, restará a necessidade de recuperar as ideias metafísicas de Deus e da liberdade no conhecimento prático. Introduz-se aí, talvez, pela primeira vez a noção de "ficção racional": se não podemos conhecer especulativamente a liberdade, e´preciso agir "como se" fossemos de fato livres.

Daí em diante, parece-me, o problema da ficção racional domina mais e mais a obra de Kant: da questão da teleologia na última crítica aos desdobramentos desse problema no Opus Postumum.






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